A ânsia do Espírito Santo é fazer nosso coração semelhante ao de Jesus:
manso, humilde, sereno, que louva ao Pai, que tem o dom de amar, que
sabe perdoar e deu a vida para nos salvar. Ao contrário daquele outro
coração: de pedra, magoado, frio, sem vida, que não sabe amar, perdoar,
partilhar. Ele não vai desistir enquanto não mudar nosso coração.
O que não pode faltar é nossa correspondência. A semente tem em si toda a
potência, até mesmo para ser um grande cedro, mas para que isso
aconteça, ela precisa de terra que absorva as raízes, que lhe dê a
seiva. O Espírito Santo não faz isso sem um solo, sem um terreno. Esse
solo, esse terreno, somos nós.
A semente está na terra. O bom agricultor levanta, dorme, passam-se
dias, semanas, meses e ele permanece pacientemente aguardando o nascer
daquele fruto. Ele não vê o que acontece no interior da terra, mas sabe
que pode confiar (cf. Mc 4,26). O mau agricultor é aquele que começa a
remexer a terra, desconfiado, para ver se a semente germinou ou não... E
acaba estragando tudo.
Deus confia na semente que Ele plantou. Podemos e devemos confiar nela
também. Depois de semeada, entra dia, sai dia, entra semana, sai semana,
entra mês, sai mês: a semente germina, lança raízes, crescem as folhas,
os cachos, os frutos. Ali se aninham os pássaros. Não é apenas o dono
que comerá seus frutos. Os pássaros também. Eles comerão os frutos e lá
se aninharão. É preciso acreditar na ação do Espírito Santo. Acreditar
no bom solo que você é. Um coração ressuscitado bate em você!
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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