Santa Vitória

Santa Vitória

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Casamento Coletivo Realizado na Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro(Monte do Galo)dia 27/11/2010













COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DA IRMÃ VERA LÚCIA (24/11/2010)









No dia 24 de novembro de 2010, comemorou-se o aniversário da Irmã Vera Lúcia (Irmã Josefina) em sua residência, no Bairro Dom José Adelino Dantas (Monte do Galo), Carnaúba dos Dantas - RN. Na ocasião, a Irmã Aparecida (Irmã Josefina) homenageou os aniversariantes do mês, ali presentes. Foi uma comemoração bem simples, onde compareceram alguns casais do ECC que fazem parte da Pastoral Familiar e, pessoas da comunidade que fazem parte do Movimento das Famílias de São José.
Que Deus possa abençoar a Irmã Vera Lúcia lhe dando anos de vida à mais para que caminhe junto à sua comunidade em busca de santidade e paz espiritual.

"Eu não sou digno..."

Talvez se compreendessemos o grande dom que nos é oferecido a cada dia pelo Teu amor, aperceber-nos-íamos da nossa indignidade e, ao mesmo tempo, da grande dignidade que nos dás e a que nos chamas. Talvez fosse mais difícil entrarmos em jogos de poder e em "compromissos" que nos tiram a liberdade que nos dás... Talvez fosse mais difícil haver guerras, porque não quereríamos "estragar" a maravilha que é sentir-se amados e em tuas mãos a cada momento... Talvez essa era de paz, felicidade e Amor acontecesse todo o ano e não apenas numa época...

Ajuda-me, Senhor, a viver em constante vigilância dos meus atos, das minhas palavras... para ser instrumento de paz e nao de guerra!

domingo, 28 de novembro de 2010

UM ADEUS INESPERADO

Ele chegou para mim com olhar admirado, puxou-me pelo braço e disse-me:
- Tio, e você abraça ele assim, na frente de todos?
Sem compreender, virei-me para ele, um menino de uns treze anos de idade, aluno da escola onde leciono e disse-lhe:
- Claro que sim. Posso abraça-lo sempre que tiver vontade.
Ele, o menino, baixou a cabeça e saiu. Minutos depois, voltou para mim e, com olhar tímido, perguntou-me se poderia dar-lhe um abraço. No início não compreendi o motivo, mas depois ele contou-me que jamais tinha sido abraçado por sua mãe ou por seu pai. Falou-me que se por um acaso pedisse isso para um dos dois, apanharia. Aquilo deixou-me chocado, afinal, o que custa um abraço? Daquele dia em diante, todas as vezes que aquele menino me via, sorria e abraçava-me. Não era um abraço qualquer. Era o abraço de quem não sabe o que é carinho. De alguém que precisa ser amado e, de alguém que precisa de uma mão segurando a sua. O abraço de alguém que pede socorro.
Esse adolescente acabara de chegar de uma das maiores e mais perigosas favelas de Natal. No primeiro dia, todos o olhavam com medo, com receio de que ele fosse aprontar algo.
Ele chegou de mansinho surpreendendo a todos por seu geito sereno e manso de ser. Educado, amigo, colega, simpático, foi conquistando a todos na escola. Um menino muito inteligente e participativo. Estava sempre indagando, fazendo perguntas sobre tudo. Um anjo de olhar triste, apesar da alegria que exteriormente, transmitia. Sua família... Totalmente diferente, sem estrutura. Pessoas que pouco importavam-se em saber como ele sentia-se. Ali, ele via tudo o que o mundo profano tinha a oferecer-lhe: bebidas, drogas, prostituição... E dizia-me um dia, que queria sair dali. Queria poder sair para mudar aquela situação. Queria uma família de verdade.
Alguns meses após sua chegada , acostumamo-nos com sua presença. Sabíamos que em casa nada estava bem. Seu irmão mais novo (onze anos de idade) já roubara várias peças de bicicleta (bicicletas também). Seu pai e sua mãe não estavam bem (viviam brigando entre bebedeiras e consumo de drogas). O mais incrível, é que isso fazia com que ele estudasse ainda mais e seu desejo de ser alguém na vida, aumentasse.
O menino queria morar ali, na escola onde estudava. Ele encontrou naquele espaço tudo o que não encontrara em casa.
O tempo continuou a passar e, um dia, ele simplesmente sumiu. Não apareceu mais na escola. Não me procurou mais em casa. Sumiu! Ficamos sabendo que fugiu, pois sua família decidira ir embora de nossa cidade. Ele não acitava essa decisão, mas era obrigado a ir com os pais, caso ficasse. Era de menor, não poderia desobedecer.
Hoje, sempre que vejo nas telas de televisão meninos e meninas de rua, crianças espancadas pelos pais ou molestadas... Lembro-me daquele menino. Hoje, como professor, percebo que meu aluno é como um filho: precisa de carinho, compreensão, conforto, mão amiga e respeito. Assim, respeitando as diferenças, posso fazê-lo compreender seu papel importante na sociedade e, ajudá-lo a vencer as barreiras. Ele não sabe, mas quando ele me pediu um abraço, era eu quem estava precisando de um. Quando ele disse que gostaria de ser meu filho, eu não estava conseguindo ser pai. Foi aquele menino quem me ajudou a recuperar minha dignidade de mestre, esposo , pai e ser humano. A ele, agradeço pela mudança na minha vida. Onde quer que esteja, o abraço do PAI, nosso Deus, esteja contigo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os anjos combatem a nosso favor

O Espírito Santo é, de modo especial, louvor, adoração, oração. Ele é fogo de amor a Deus, fogo de louvor. A Palavra diz que os apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar numa língua estranha, numa língua nova, que deixou a todos espantados. Não falavam em línguas estrangeiras, mas numa nova língua, diferente. Era a língua do Espírito Santo que explodia dentro deles em oração.

O que aconteceu com os apóstolos deixou muita surpresa em Jerusalém. Alguns pensaram que estavam bêbados, porque rezavam numa língua estranha, diferente. Para nós, isso é uma necessidade. Batizados no Espírito Santo, recebemos também a graça de orar numa língua nova.

Estamos travando uma terrível batalha espiritual e a arma que Deus nos dá contra os espíritos malignos espalhados pelos ares é justamente a oração em línguas. É o próprio Espírito Santo orando em nós. Mais ainda: é orar e cantar na língua dos anjos. Eles oram e cantam conosco, reforçando nossa oração, combatendo a nosso favor.

Os anjos têm uma visão do mundo espiritual que nós, seres humanos, não temos, pois são espíritos. A grande maravilha é que, quando você ora e canta na língua deles [anjos], eles combatem a seu favor. É preciso que você ore e cante nessa língua para que esses seres celestes venham e combatam a seu lado.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "O Espírito sopra onde quer" de monsenhor Jonas Abib)

A memória não é livre, é automática...

"Podemos ser livres para ir aonde quisermos, mas não somos livres para decidir o que queremos registar na nossa memória. Se viveu experiências más, elas irão depositar-se nos recantos inconscientes da memória. Se hoje passou por uma angústia, uma situação de medo, uma crise de agressividade, tenha a certeza de que tudo isso está registado na sua memória.
Cuidar da qualidade daquilo que é registado na nossa memória é mais importante do que cuidar das nossas contas bancárias. Nestas, depositamos dinheiro; naquelas, fazemos os depósitos que financiarão a nossa riqueza emocional".
"... As crianças têm de ter infância, têm de registar uma história de prazer, criatividade e interacção. Uma criança alegre gerará um adulto com um grande prazer de viver. Uma criança rígida gerará um adulto bloqueado, tímido, inseguro....
"A memória de uma criança é como uma folha em branco, pronta para ser escrita, embora aos sete anos de idade uma criança já tenha milhões de experiências arquivadas...
"A memória não pode ser apagada, extinta e nem sequer eliminada, mas sim reeditada".
Augusto Cury, Liberte-se da prisão das emoções

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UMA SANTA MENINA

Uma menina! Uma menina linda de apenas catorze anos. Um rosto de menina num corpo de mulher. Infelizmente, isso chamava a atenção dos homens. Imagine!
Ficava olhando-a passar pelas ruas estreitas do bairro, enquanto olhos esfomeados saboreavam sua beleza pura. Assobiavam, faziam piadas e gestos obscenos... Nada a fazia olhar para trás. Apesar de menina, tinha uma opinião formada sobre o que era certo e, o que era errado. Continuava andando em linha reta sem fazer conta das cantadas, da cobiça.
Observando as atitudes dessa menina, percebi que ela era diferente das outras - pelo menos de suas colegas. Ela ia sempre à missa, sentava-se nos bancos da frente na Igreja, comungava, participava de um grupo de jovens e estava sempre com uma bíblia nas mãos. Era motivo de piada na sala de aula, afinal, com tanta beleza, poderia namorar quem quisesse. Melhor, poderia ter tudo o que quisesse. Quando ouvia comentários do tipo, por parte de suas amigas, ela os repudiava. Fechava a cara e dizia com firmeza que tudo o que queria, era o "servir a Deus".
Num certo dia, ao sair da Igreja, à noite, foi seguida por dois rapazes. Eles diziam-se interessados por ela (os dois). Ela não deu atenção e continuou sua caminhada, afinal, eram colegas de escola e, certamente, aquilo não passava de brincadeira - brincadeira de mal gosto, claro. Os rapazes não desistiram e, em certo momento, numa rua escura, atacaram a pobre menina linda. A menina jamais imaginou que aquilo pudesse acontecer com ela. Numa rua escura, dois sujeitos imundos pegaram à força a pobre menina. A menina chorava e gritava sentindo na pele branca a perda de sua pureza, de sua castidade. As dores da carne, do sexo animal, irracional.Era assim que ela queria se entregar nas mãos de Deus: pura e casta. Naquele momento, enquanto chorava a dor da maldade humana; enquanto dois rapazes, não muito mais velhos que ela (deveriam ter entre quinze e dezesseis anos) rasgavam sua carne, ela se entregava a Maria Santíssima. Ela pedia entre lágrimas que Maria, mãe de Jesus intercedesse junto à Ele por aqueles dois meninos. Talvez eles não tivessem compreendido que ela, não os amava assim, como homens e mulheres se amam. Em sua inocência de menina, ela perdoou os dois. Em sua dor e agonia, pedia também a Maria que levasse consigo seu espírito. Não queria entregar-se ao Senhor Jesus, filho de Deus Pai, sentindo-se suja. Se assim fosse, não da mesma forma com que os dois rapazes haviam saciado o desejo carnal de ambos, arrancando-lhe o que de mais precioso uma mulher tem (sua virgindade), Maria intercedesse novamente ao bom Cristo Senhor Nosso e a levasse para junto dele. O corpo, para ela, deveria manter-se casto, limpo, para que o espírito fosse salvo. O seu, já não o era mais.
Ao terminarem o serviço, muito bem feito, diga-se de passagem, os dois jovens perceberam a loucura que fizeram. Os dois, ali, parados naquela rua escura e estreita, sujos de sangue e esperma, viam agora, deitada no chão e toda rasgada, a linda e santa menina de catorze anos de idade. Ajoelhando-se ao seu lado, os dois gritaram e choraram. Não conseguiam compreender o crime que acabaram de cometer. A menina ali, estuprada e morta, só queria amar a "Deus".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tende cuidado, não vos deixeis enganar

Jesus respondeu-lhes: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu» (Lc 21, 5-11).
Ao olharmos para os textos litúrgicos sugeridos para hoje, constatámos como é fácil alguém utilizar a Bíblia para fomentar o medo, a ameaça, a pregação cataclítica do fim do mundo, de destruição de todo o que nos é visível, e até mesmo de uma grande castigo da parte de Deus.
Mas sem necessidade de grandes teorizações, basta ler com atenção o texto sagrado para vermos que as palavras proferidas são sobretudo de esperança e de confiança em Deus. Diz Jesus, "não vos alarmeis" com estas coisas e se aparecerem os profetas da desgrala, "não vos deixeis enganar". Mesmo que o mundo esteja a ruir, tende confiança, "Eu venci o mundo".
Aquilo que parecem profecias da desgraças, são anúncio do julgamento de Deus e Deus vem, em Jesus Cristo, para julgar recuperando o que estava perdido.

Do sucesso e da vida...

"O sucesso não é ser-se continuamente feliz, mas construir a felicidade com as coisas simples da vida. O Mestre dos Mestres da escola da vida, Jesus, apesar de ser Alguém poderoso e famoso, ainda arranjava tempo para contemplar atenta e embevecidamente os lírios do campo".

Augusto Cury, Liberte-se da prisão das emoções

domingo, 21 de novembro de 2010

APENAS DOZE REAIS

Há alguns meses atrás observávamos os romeiros que subiam e desciam o Santuário do Monte do Galo. Eles iam e vinham sempre com um sorriso nos lábios. Nem a alta temperatura os faziam desistir do percurso.
Num certo momento, uma senhorinha (baixinha e de certa idade) conversava com aquela que parecia ser sua filha aos pés da escadaria do Santuário. Aquela cena nos chamou a atenção, pois sua acompanhante insistia muito para que a mesma não subisse os degraus de cimento. Percebemos nesse instante que a senhorinha tinha problemas para andar. Estava descalça num Sol de 30% graus e, seus pés, estavam bem inchados e vermelhos, além de mancar bastante ao andar. Aquilo não parecia importar. Ela insistiu tanto que sua acompanhante acabou realizando seu desejo.
Continuamos a observar aquela cena, até então, sem nos movimentarmos. Aos pés das escadarias do Santuário havia vários "pedintes" (no lado esquerdo e no lado direito). A cada passo dado, a senhorinha parava um pouco para descansar e, em seguida, continuava com extremo esforço, sua caminhada. Ouvíamos os pedintes ali sentados de um lado e de outro da escadaria pedindo esmolas. Mendigando uma moeda. Talvez uns precisassem, outros, talvez pedissem apenas para alimentar um vício qualquer. Mas o caso aqui não são os pedintes. Não podemos julgar as necessidades e dificuldades de quem não conhemos. Aliás, não podemos agir dessa forma nem mesmo com aqueles que conhecemos. Voltando à senhorinha, ficamos a olhar.
Minutos depois, a senhorinha e sua companheira pararam no término da escadaria. Lá, a senhorinha tirou de dentro de uma bolsa velha uma sacolinha com algumas moedas e notas de dois reais. Pediu que sua acompanhante contasse o dinheiro amarrotado e lhe ajudasse a distribuir. Ela tinha 12,oo reais distribuídos em notas e pratas. Queria descer novamente as escadarias distribuindo os 12,00 reais da seguinte forma: 6,00 reais ela daria aos pedintes do lado direito e, os outros 6,00 reais daria aos pedintes do lado esquerdo. Sendo que a distribuição das esmolas deveriam ser realizadas assim: 2,00 reais para uma pessoa do lado esquerdo e 2,00 reais para uma pessoa do lado direito, até chegar aos pés da escadaria. Nesse momento, percebemos que a acompanhante não teria condições de descer as escadarias com aquela senhora idosa. As pernas da senhorinha pareciam não ter mais coordenação, já que havia feito um tremendo esforço na subida. Então resolvemos finalmente sair da posição de observação e ajudar. Chegando lá, um de nós pegou no braço esquerdo daquela senhorinha simpática (ela não aceitou que sua acompanhante a soltasse para que outra pessoa a segurasse do lado direito) e começamos a descida. Percebemos que a dor que aquela mulher sentia nas pernas era enorme, mas o que nos chamava atenção, era a alegria que ela parecia sentir ao distribuir aquelas moedas e notas aos pedintes.
Ao entregar sua moedas ao último pedinte, um menino de uns doze anos de idade, a senhorinha olhou para cima e disse: - Obrigada minha Santa Vitória! O que dou a essas pessoas é pouquinho, mas é o que posso dar. Isso eu faço para agradecer o que a Senhora fez por mim. As moedas e as notas são bem pouquinho perto das graças que acabei de alcançar. Agora vou pra casa feliz Minha Santa. Lisa, sem um centavo no bolso, mas feliz!
Chamamos sua acompanhante e perguntamos o porquê daquela atitute, já que doando seu pouco dinheiro, ela ficaria sem nada... A acompanhante disse-nos que sua mãe (afinal estávamos certos) já não conseguia andar há algum tempo. Suas pernas inchavam muito e as feridas apareciam com frequência.Veio ao Monte do Galo em uma cadeira de rodas, dentro de um ônibus lotado. Ao chegar em frente àIgreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro sentiu vontade de botar os pés no chão. Aí, percebeu que o milagre tinha acontecido. Naquele instante resolveu doar tudo o que tinha àqueles que tinham menos do que ela. Naquele instante, o que ela tinha no bolso era 12,00 reais e, a partir desse dia, enquanto viva fosse, ela havia decidido que todos os anos, no período da festa de Santa Vitória, ela viria com sua filha à Carnaúba dos Dantas, no Santuário do Monte do Galo e faria a mesma doação, da mesma forma como havia feito.
Santa Vitória: Rogai por nós.

sábado, 20 de novembro de 2010

ROMANOS 12, 3 - 8

"Pela graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um de vós que não faça de si próprio um conceito maior do que convém, mas um conceito modesto, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Pois assim como num só corpo temos muitos membros e cada um de nossos membros possui diferente função, também nós, sendo muitos, somos um só corpo em Cristo, mas cada membro está a serviço dos outros membros. Temos, porém, dons diferentes segundo a graça que nos foi dada, seja a profecia, de acordo com a fé, seja o ministério, para servir. Se for o dom de ensinar, que ensine; se for o dom de exortar, que exorte. Se o de distribuir esmolas, faça-o com simplicidade. Se o de presidir, presida com zelo. Se o de exercer misericórdia, que o faça com alegria".

Já imaginou se não tivessemos os nossos membros em seus perfeitos lugares? Quais seriam as nossas reais atitudes? Nos contentaríamos com nossas mutilações, ou, lutaríamos para que as pessoas percebessem em nós, outros dons?
Assim como nós, meros seres humanos e pecadores, a Igreja não sobrevive sem os seus membros. Ela necessita que cada membro do seu corpo exerça sua verdadeira função. A verdadeira função do cristão, é servir. É doar-se e buscar apoiar-se em outros membros quando sentir-se fraco.
Infelizmente, muitos cristãos mutilam-se a cada dia, a cada instante de suas vidas apoiando-se em si mesmos. Colocam-se como "corpo" e não como "membros" de sua Igreja. São cristãos de pouca fé. São pessoas que não conseguiram ainda compreender a essência real da fé: simplicidade, humildade, doação, oração, entrega e união. São cristãos mutilados. Cada um buscando se sobressair, não como forma de superação, mas como alienação total, pois, mesmo os mutilados, buscam superar-se diante suas dificuldades aprendendo a conviver com seus defeitos. Esses sim, são membros de um só corpo.
A Igreja insiste na ideia de que somos todos providos de dons. Cada um com um dom diferente. Cada um com qualidades diferentes capazes de fazer também, a diferença em determinado setor. Seja numa pastoral, num serviço... Seja cantando, dançando, proclamando a palavra em nome do Senhor Jesus. Seja louvando, evangelizando, orando... Cada um, é um membro indispensável num corpo que necessita que todos estejam ligados. É preciso que acreditemos nessa verdade.
Muitas vezes esquecemos de olhar para o outro com um olhar de amor, de carinho, de afeto, compreensão e humanidade. Muitas vezes colocamos a nossa frente apenas as nossas necessidades nos achando a altura daquele que nos olha de baixo. Isso é mutilar todo o princípio cristão. É ir contra os preceitos da Igreja Católica e contra todo o processo de ensinamento baseado na Sagrada Escritura. Que dom é esse que dá e tira? Que mostra aquilo que não somos e, diz o que não sentimos? Isso é mutilação! Que dom é esse que faz pessoas fazer coisas fúteis e estar acima do bem e do mal? Que dom é esse que faz pessoas apontar os erros dos outros e não faz ver os seus próprios erros? Que dom é esse que faz pessoas aparecer como estrelas da Igreja enquanto deixam de lado o nosso maior e único astro: Jesus filho de Deus Pai? Que dom é esse que interfere, manda e desmanda naqueles servos e missionários que querem apenas agradecer ao bom Deus pelo dom da vida servindo-o e amando-o com sinceridade e humildade? Esse talvez seja o nosso maior pecado: nossa mutilação humana e espiritual que se sobressai à qualquer outro dom. Que nos separa dos outros membros e nos condena, nos mantém presos numa cadeia onde não há dom. A não ser, um conceito errôneo sobre nós mesmos, onde somos "corpo" e "membro" da nossa própria Igreja.
Santa Vitória: Rogai por nós.

Limpar a sujidade da alma...

"Se ficarmos a gravitar em torno dos nossos fracassos, continuaremos a ser fracassados. Se gravitarmos em torno das nossas frustrações, derrotas e faltas, continuaremos frustrados, angustiados, insatisfeitos e, o que é pior, não mudaremos os pilares das nossas vidas...

Limpamos a sujidade do mundo físico, mas não a sujidade da alma. se quisermos ser pessoas doentes, o melhor caminho é não intervir nos pensamentos negativos e nas angústias que produzimos no íntimo de nossos seres. Contudo, se desejamos ser livres, precisamos de aprender a trabalhar os nossos pensamentos, a superar as nossas dores e proteger as nossas emoções perante as turbulências da vida..."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CARTA À SANTA VITÓRIA


Minha amável e bondosa Santa Vitória, hoje venho através desta simples cartinha agradecer-lhe pelo milagre tão grandioso que me fizeste alcançar. Tudo começou quando após dez anos de uma incansável espera, consegui finalmente minha realização como mulher. Foram os dez anos mais longos de minha vida sabe? Neste tempo de incessantes visitas a médicos, indo e vindo de clínicas diferentes e nos desfazendo de nossos bens materiais para fazermos vários tratamentos e alcançarmos nosso objetivo maior: ser pai e mãe, o milagre aconteceu.
Eu e meu esposo moramos em Campina Grande. Buscamos todas as formas possíveis e até impossíveis de conseguirmos esse milagre. Lutamos juntos e, nessa luta, choramos mais do que sorrimos. Meu esposo trabalhava numa grande indústria e a nossa vida sempre foi baseada em materialismo e capitalismo absolutos. Apesar de sempre termos pensado em sermos pais, viajávamos muito, comprávamos muito e, nem nos preocupávamos com nossas perdas financeiras. Tínhamos carros do ano (os dois), roupas chiques, comíamos do bom e do melhor, comprávamos móveis estilosos... Mas com o tempo, isso foi perdendo todo o sentido. Éramos felizes, pois nos amávamos, mas não tinhamos o principal em nossas vidas: um filho! Não nos importava nem mesmo o sexo da criança. Nos importava sua presença em nossas vidas.
Certo dia, uma amiga da Igreja - somos católicos, íamos sempre às missas do domingo, mas para nós, isso bastava como cristãos - nos convidou para participarmos de um momento de oração entre casais que seria realizado ali, na nossa igreja. Disse-nos que talvez ali, fossemos encontrar uma resposta para o nosso problema. Começamos a participar do grupo de orações e isso, de certa forma, estava nos dando mais força e esperança. Mesmo assim, continuamos tentando através de tratamentos clínicos uma solução. Até ao exterior fomos. Vendemos carros, apartamento grande e todo mobiliado... Isso agora não nos parecia mais necessário. Fomos morar com minha mãe (ela morava sozinha em uma casa bem grande). Nada adiantava! No grupo de orações de casais, conhecemos um casal que passou por situação parecida. Eles moravam há apenas dois anos e meio em Campina Grande e haviam engravidado os dois - era assim que eles falavam - há apenas seis meses. Disseram-nos que numa cidadezinha perto de onde moravam existia um Santuário chamado Monte do Galo. Ali, várias pessoas já haviam conseguido graças por intercessão de Nossa Senhora das Vitórias, inclusive eles. Era preciso orar com fé e acreditar que Santa Vitória intercederia junto a Jesus por nós. Eles (o casal amigo e irmão) nos deram uma novena de Santa Vitória e pediram que jamais deixássemos de rezá-la. Ela deveria nos acompanhar sempre. Era preciso ser paciente, pois o nosso tempo e as nossas necessidades precisam ser compreendidas no tempo necessário de Deus para conosco. Continuamos procurando ajuda clínica. Nossos amigos mais antigos começaram a se afastar de nós. Começaram a nos chamar de loucos, afinal, vendemos todos os nossos bibêlos. Nos desfizemos de todo o materialismo e consumismo idiota que não nos trazia a felicidade real. Muitos diziam que poderíamos adotar um filho. Sim! Poderíamos e talvez isso possa acontecer um dia. Quem sabe? Mas queríamos sentir a alegria de sermos pais realmente. Sentirmos o bebê crescer a cada dia no meu ventre de mãe e, sentir a mão do pai a afagar meu ventre. Queríamos que o nosso bebê fosse fruto do nosso amor. Começamos a perceber que Jesus estava ao nosso lado em todos os nossos momentos por intercessão de Santa Vitória. Perdemos o medo de não dar certo. A nossa fé crescia cada dia mais. As nossas orações eram feitas com lágrimas nos olhos. Todas as terças - feiras, quando íamos a Igreja participar do grupo de orações, chorávamos muito com os depoimentos e testemunhos de casais que assim como nós, precisaram de tempo e esperança infinita para alcançar seu objetivo: o milagre da maternidade e da paternidade.
Decidimos fazer uma última tentativa. Desta vez, como não tínhamos mais tanto dinheiro disponível, apesar do meu esposo ainda exercer a mesma função na indústria em que trabalhava, entendemos que não é necessário gastar tanto para que Jesus nos concedesse o milagre da vida. Ali mesmo, numa clínica pública e pelo SUS, fizemos o último exame. Se nada acontecesse, tentaríamos a adoção. Nossas famílias sempre nos apoiaram em todas as nossa decisões e jamais se incomodaram de termos nos desligado das coisas materiais. Já os nossos antigos amigos resolveram se afastar completamente de nós, afinal, já não havia mais viagens, festas... Havia agora simplicidade, amor e fé. Parecia que nenhum deles conhecia o sentido da palavra fé.
Algum tempo depois voltamos ao laboratório um tanto incertos, afinal, já havíamos procurado ajuda até no exterior e nada. Antes de sairmos de casa, nos colocamos de joelhos aos pés da imagem de Santa Vitória (presente dos nossos amigos do grupo de orações e, segundo eles, comprada no Santuário do Monte do Galo). Rezamos e nos entregamos em suas mãos. Pedimos que intercedesse novamente por nós. Se assim acontecesse, seríamos fiéis a ti para todo o sempre e ao nosso bebê, daríamos seu nome. Choramos muito nesse dia, mas era como se uma luz no fim do túnel começasse a refletir. Choramos com incontida felicidade. Não sabíamos o porquê, mas nos abraçamos e entre lágrimas, sorrimos. Saímos de casa leves como se anjos nos levantassem do chão. Pegamos a novena de Santa Vitória e enquanto fazíamos o caminho até o laboratório, rezávamos a bendita novena. Após quase quatro anos fazendo parte do grupo de orações e dez, tentado ser uma mãe e um pai, hoje estamos aqui Santa e milagrosa Vitória para te agradecer a graça que nos concedeste. Aqui, em meus braços está minha filhinha, hoje com oito meses de idade. Consagro - a a Ti, como milagre de vida. Das nossas vidas. Ela é nosso maior tesouro e foi por Tua intercessão junto ao Bom Jesus, que somos pai e mãe.
Santa Vitória, rogai por nós. Amém.

A Mesa do Velho Avô

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante. A família comia junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de
comer.

Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão.

Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa. A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:


-" Nós temos que fazer algo sobre o Vovô, " disse o filho.
-"Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão ".

Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala.

Lá Vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.
Desde que o Avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira.

Quando a família olhava de relance na direção do Vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.

O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite, antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira.

Ele perguntou docemente para a criança:
-" O que você está fazendo? "

Da mesma maneira dócil, o menino respondeu:
-" Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para Você e Mamãe comerem sua comida quando eu crescer."

O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos.

Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra
foi falada, ambos souberam o que devia ser feito.
Aquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade o conduziu atrás da mesa familiar.
Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.

As crianças são notavelmente perceptivas. Os olhos delas sempre observam, suas orelhas sempre escutam, e suas mentes sempre processam as mensagens que elas absorvem. Se elas nos vêem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos familiares, eles imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas.

O pai sábio percebe diariamente que o alicerce está sendo construído para o futuro da criança.
Sejamos sábios construtores de bons exemplos de comportamento de vida em nossas funções.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ORAÇÃO DA FAMÍLIA
Dom Marcos Barbosa

Bem debaixo, Senhor, da tua asa,
coloca a nossa casa.

Nossa mesa abençoa, e o leito, e o linho,
guarda o nosso caminho.

Brote, em torno, o jardim, frutos e flores,
em nossa boca, louvores.

Conserva pura a fonte de cristal,
longe o pecado e o mal.

Repele o incêndio, a peste, a inundação,
reine a paz e a união.

Bem haja na janela o azul do dia,
na parede, Maria.

Encontre a noite quieta a luz acesa,
quente sopa na mesa.

Batam à porta o pobre e o viajor,
e tu mesmo, Senhor.

Tranqüilo seja o sono sob a cruz
que a outro sol conduz

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Senhor, obrigado!

.
.
Senhor, obrigado por este dia que passou!
Tantas coisas que não foram do meu agrado. Obrigado, Senhor!
Tantas coisas que eu não pude mudar. Obrigado, Senhor!
Tantos momentos de dúvida e de incerteza. Obrigado, Senhor!
Tantos medos do presente e do futuro. Obrigado, Senhor!
Tanto “engolir em seco”, sem nada responder. Obrigado, Senhor!
Obrigado, Senhor, por tudo isso, porque me reconheço fraco e assim sendo me entrego cada vez mais nas Tuas mãos.
Ah, e obrigado, Senhor, obrigado porque nunca me senti sozinho, pois sempre acreditei e senti que nunca me abandonaste.
Sempre estiveste a meu lado, e até comigo ao colo!
Obrigado, Senhor, obrigado por este dia e por todos os outros dias que me dás.
Obrigado, Senhor!

Senhor, que eu veja!

Quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus (Lc 18, 35-43).
"Senhor, que eu veja". É o pedido de um cego de nascença a Jesus Cristo.
Mais uma vez podemos retirar um sentido mais literal - intervenção milagrosa de Jesus a favor de uma pessoa concreta -, mas igualmente um sentido simbólico, sabendo que muitas vezes estamos cegos e de tal maneira que não vemos a beleza da criação, os desafios da vida, a grandeza das pessoas que nos rodeiam, a alegria da presença de Deus em nós e em tudo o que nos rodeia.
Jesus vai passando. Está aqui! Não tenhamos receio de Lhe pedir: Senhor, que eu veja!

Do blog "Caritas in Veritate"

sábado, 13 de novembro de 2010

Caminho de Assis

Quando o sol queimar os egoísmos

E a cidade voltar ao ritmo das crianças,

Quando o sonho encontrar seu mar

E a montanha o seu Alverne...

Um novo Cântico do Sol encherá o céu

De versos inéditos de Francisco.

Quando formos capazes

De descer do nosso próprio cavalo

Para beijar o leproso

E caminhar a pé, com ele Cireneu,

Sem temer a indiferença das maiorias...

Só então nossos discursos

Irão além das boas intenções.

Quando nossas janelas, estradas e canções

Tiverem olhos e ouvidos de Francisco...

Para todas as paisagens haverá um pintor,

Para todas as borrascas um arco-íris

E para todos os sofrimentos uma Páscoa.

As nossas palavras serão de Paz e Bem,

As nossas construções de fraternidade;

E quando o futuro despertar a noite

O mundo será da cor dos corações.

Quando nos despirmos, como Francisco,

De todas as roupas e ambições,

Das máscaras, preconceitos e plágios,

Das hipocrisias e ilusões do consumo,

De todas as maquilhagens e prisões sociais...

Nesse dia, remidos de todas as mentiras,

Teremos ganho a verdade que liberta.

Quando entregarmos a capa ao pobre,

(porque o irmão vale mais que a roupa),

quando oferecermos a Bíblia à viúva

(porque a caridade vale mais que a Palavra de Deus),

quando partilharmos o pão que mendigamos

(porque a vida vale mais que o alimento),

quando gastarmos tempo com o doente

(porque o doente vale mais que o tempo)...

então Assis ficará mais perto;

em cada mulher haverá um coração de Clara

e em cada homem, um rosto de Francisco.

Frei Manuel Rito Dias

Há um grande vazio existencial no coração do homem moderno, lavrado pelo tédio, pela angústia, pela insegurança, pelo medo e pelo desamor. Vazio que desemboca nas drogas, na violência, na bebida, na permissividade, na desorientação, na futilidade das telenovelas etc. Vazio existencial, brecha e porta aberta para a mensagem do Evangelho.

É o grande paradoxo deste milênio. Em tempo algum, a Igreja teve chances tão grandes para plantar valores de eternidade num mundo ateu, materializado, distante de Deus.

A insatisfação generalizada, que lateja nas linhas e entrelinhas da história, é a estrada de Damasco do homem contemporâneo.

Cresce a busca do sagrado, em toda a parte, no mistério dos corações inquietos, pássaros feridos que tanto desejam alçar voo para o alto, mas sentem-se presos à terra. Nosso planeta nunca esteve tão aberto à Boa Nova do perdão, da misericórdia, da ternura e da reconciliação divina, como nos dias atuais.

Pe. Roque S.

Da revista "MENSAGEIRO DO CORAÇÃO DE JESUS"( Vol.107. N 1.192. Jul/ago-2001)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Não tomes a aparência de sábio ao fazeres teu trabalho, nem te enalteças no tempo da necessidade.Vale mais quem trabalha e tem de tudo em abundância do que quem conta vantagem e não tem para comer. Filho, conserva tua honra, mas com humildade e valoriza-te conforme mereces. Quem justificará aquele que peca contra si mesmo, e quem honrará aquele que desonra sua vida? O pobre é honrado por sua sabedoria e o rico, por sua riqueza. Quem é honrado na pobreza, quanto mais o será na riqueza! E quem é desprezado na riqueza, quanto mais o será na riqueza. (ECLESIÁSTICO 10, 26 - 31)

É incrível vermos a quantidade de pessoas que infelizmente tomam para si a aparência do sábio. Essas pessoas costumam esquecer que o bem mais precioso não está na autoridade e tão pouco na prepotência aparente da voz. Jesus sentava-se ao chão com seus discípulos e servos. Ele não sentaria, nem mesmo nos dias atuais, em cadeiras de nobres onde seriam postos à sua frente pratos de iguarias diferentes, talher diferente para cada tipo de prato... Ele não olharia os móveis chiques e tão pouco, lustres e ornamentos. Jesus olharia no olho e aí, veria até onde vai sua sabietude. Veria se a sua humildade te faz um ser honrado e digno de sua visita e do seu perdão.
É incrível vermos o quanto o homem e a mulher se satisfaz com a vida fácil, com o supérfluo. Não aprenderam que não somos nós que marcamos as horas no relógio do tempo. Não somos nós que definimos o nosso destino. O ser humano: eu e você, somos fáceis de sermos enganados. Sabe por quê? Por que costumamos esperar que os outros façam por nós aquilo que não achamos necessário correr atrás. Nos achamos muito importantes para sujarmos nossas mãos. Ficamos cansados com facilidade e, por isso, queremos que os outros nos deem pronto aquilo que não tivemos a humildade de correr atrás. Não fomos sábios o suficiente para percebermos que assim como as coisas fáceis vem de forma fácil, elas vão-se mais rapidamente ainda.
Jesus não se envergonhava de ser filho de um carpinteiro, pelo contrário, Ele se orgulhava de ser filho de um José e de uma Maria pobres, mas escolhidos por Deus Pai, Criador do céu e da terra. Jesus não se importou em dividir o pão e o vinho com seus discípulos, pelo contrário, multiplicou-os para que uma multidão faminta não passasse fome nem sede. Então, assim como diz o Livro do ECLESIÁSTICO já no capítulo 11, versículo 1 "A sabedoria do humilde levanta-lhe a cabeça e o faz sentar-se no meio dos grandes". Sê você o sábio que busca sua grandeza nas coisas pequenas. Sê você aquele ou aquela que não se engradece de suas vitórias e tão pouco humilha aos menos favorecidos, pois a sabedoria de um homem ou de uma mulher não está em sua riqueza material. Ela encontra-se solidificada na fé, no respeito para com o outro e para com si próprio e, na forma humilde de aceitar-se como é e entender que assim, sua sabietude será reconhecida por todos, principalmente por Jesus Cristo.

Que Santa Vitória vos dê a honra de interceder a Jesus por todos nós. Amém.

Você quer que o Senhor lhe dê muitas graças?

São João Bosco dizia:

Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-O muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O raramente. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus. Meus caros, a visita ao Santíssimo Sacramento é um meio muito necessário para vencer o demônio. Portanto, ide frequentemente visitar Jesus, e o demônio não terá vitória contra vós.

Quanto mais fracos nos sentimos em nossa sexualidade, em nossos pensamentos e vontade, tanto mais precisamos da Eucaristia comungada e adorada. Assim obteremos, em Jesus Sacramentado, toda força, coragem, ânimo e destemor de que precisamos.

Quando adoramos Jesus na Eucaristia, Ele nos injeta a salvação, purifica-nos e liberta-nos.

Que Jesus entre na sua casa e comece a reinar. Que o Santíssimo Sacramento se levante para abençoar o Brasil, o seu lar, seu casamento, seus filhos, sua maternidade e sua paternidade.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Eucaristia, nosso tesouro" de monsenhor Jonas Abib)

Deixando-me perdoar, aprendo a perdoar...


"Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento.
E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Bondade de Deus


Muitas pessoas se convertem somente no fim de suas vidas, enquanto outras parecem nascer com uma fé tão grande em Deus, como se amá-lO, servi-lO e adorá-lO fosse inerente à suas vidas.

O fato é, que independente do momento de conversão das pessoas, Deus oferece a aquele que passou a vida toda O servindo, a mesma salvação para aquele que no ultimo momento O encontrou e se voltou para Ele.

Jesus comparou o reino dos céus, a um pai de família que contratou diversos operários em diferentes momentos do dia e ao pagá-los deu a todos o mesmo valor, os operários que trabalharam mais reclamaram de terem ganhado a mesma quantia que os que trabalharam menos, o pai de família perante essa situação, responde a um desses que reclamou: “Eu quero dar a este ultimo tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?” (MT 20, 14-15).

O tempo para Deus é diferente da noção de tempo que o ser humano possui e a Sua bondade ultrapassa o entendimento dos homens.

Sempre é tempo para voltar-se para Deus, enquanto há vida, existe salvação.

O que Deus na sua infinita bondade deseja é que todos os seus filhos entrem no reino dos céus, para isso recompensa com o seu Amor e salvação eterna, a todos que independente do momento da vida se voltam sinceramente para Ele.

Mas isso não deve ser usado como desculpa para viver de forma desordenada, fazendo mau uso da liberdade e só no fim da vida pensar em se voltar ao Pai para querer a salvação, seria muita hipocrisia e falta de amor.

Deus é o próprio amor e misericórdia, mas também é justo, fiel, tudo vê, conhece minuciosamente o coração e a mente humana, perscrutando assim todos os pensamentos e ações, ou seja, é impossível enganá-lO. Ele recompensa a todos que fazem por merecer, independente da época, pode ser no ultimo instante da vida, mas é preciso que se deseje a conversão e que seja com sinceridade.

Para aqueles que a muito tempo amam, adoram e servem a Deus, que a misericórdia e o grande amor do Pai para com todos os seus filhos, não se torne causa de ciúme e cobrança maior do divino amor, mas de alegria, porque aquele que procura de fato amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, se rejubila com todo o céu, por cada alma que se volta para o Senhor.


Juliana Gonçalves dos Santos


(Artigo publicado no site Igreja Hoje, no dia 20/10/2010)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Todas as coisas são um milagre

Pode ser que um dia deixemos de nos falar…
Mas enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.
Pode ser que o tempo passe…
Mas se a amizade permanecer, um do outro há-de lembrar-se.
Pode ser que um dia nos afastemos…
Mas se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos…
Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe…
Mas com amizade construiremos tudo novamente
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre
Outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Assim escreveu A. Einstein

segunda-feira, 8 de novembro de 2010



Eu e minha casa servimos ao Senhor

“Um leão rugiu, quem não ficaria com medo? O Senhor Deus falou, quem não profetizaria?” (Am 3,8).

Profetizar, aqui, não se trata de revelar o futuro, mas de transmitir o que o Senhor nos fala. O profeta é um instrumento de Deus para falar aos homens. Nós somos esses profetas. Você é um profeta de Deus dentro da sua casa, na sua comunidade, porque eles precisam saber dessa colheita que se aproxima.

Sabendo que falta pouco tempo, você não pode brincar em serviço. Não podemos viver as atitudes e as práticas do joio, porque não o somos! Os da sua casa também não o são. Deus quer salvar não só você, mas você e toda a sua casa!

Você quer perder alguém dos seus? Quem você escolheria para ser jogado no fogo? Nem Deus deseja isso. Por isso, Ele revela Seus segredos aos Seus servos. Você precisa levar Jesus e o Espírito Santo a cada pessoa da sua família. Essa é a receita para que você e sua casa sirvam ao Senhor. Precisamos pedir ao Espírito Santo sobre todos da nossa casa. Somente assim poderemos dizer:

“Eu e minha casa servimos ao Senhor”.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


(Trecho do livro "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" de monsenhor Jonas Abib

De qual graça você precisa hoje?

081110Todos nós precisamos de graças especiais a cada dia que desperta, sobretudo, a graça da perseverança. Precisamos pedir a Deus essa virtude para tudo o que desejamos empreender, porque quando deparamos com as dificuldades, as incompreensões e as críticas, a nossa tendência é desanimar e, muitas vezes, até desistir.

Não podemos abandonar os sonhos e projetos de Deus a nosso respeito, ao contrário, em meio às dificuldades, assumamos esta verdade:

“O meu Deus e meu Senhor é minha força e me faz ágil como a corça; para as alturas me conduz com segurança ao cântico de salmos” (Habacuc 3,19).

Rezemos os Salmos sempre, porque seguramente vamos aprender com os salmistas a superar os obstáculos e a avançar na caminhada com coragem e determinação.

Jesus, eu confio em Vós

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

. Qual é o Centro do seu Dia?

“Devemos amar a Santa Missa”
Deves lutar por conseguir que o Santo Sacrifício do Altar seja o centro e a raiz da tua vida interior, de modo que todo o teu dia se converta num ato de culto - prolongamento da Missa a que assististe e preparação para a seguinte -, que vai transbordando em jaculatórias, em visitas ao Santíssimo Sacramento, em oferecimento do teu trabalho profissional e da tua vida familiar... (Forja, 69)

Não entendo como se pode viver cristãmente sem sentir a necessidade de uma amizade constante com Jesus na Palavra e no Pão, na oração e na Eucaristia. E entendo perfeitamente que, ao longo dos séculos, as sucessivas gerações de fiéis tenham ido concretizando essa piedade eucarística: umas vezes, com práticas multitudinárias, professando publicamente a sua fé; outras, com gestos silenciosos e calados, na sagrada paz do templo ou na intimidade do coração.

Antes de mais, devemos amar a Santa Missa, que tem que ser o centro do nosso dia. Se vivemos bem a Missa, como não havemos de continuar depois o resto da jornada com o pensamento no Senhor, com o desejo irreprimível de não nos afastarmos da sua presença, para trabalhar como Ele trabalhava e amar como Ele amava? Aprendemos então a agradecer ao Senhor mais outra delicadeza: que não tenha querido limitar a sua presença ao instante do Sacrifício do Altar, mas tenha decidido permanecer na Hóstia Santa que se reserva no Tabernáculo, no Sacrário. (É Cristo que passa, n. 154)

Salmo 51 (50) PRECE DE UM CORAÇÃO CONTRITO (MISERERE)

.
.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos;
por isso é justa a tua sentença
e recto o teu julgamento.
Eis que nasci na culpa
e a minha mãe concebeu-me em pecado.
Tu aprecias a verdade no íntimo do ser
e ensinas-me a sabedoria no íntimo da alma.
Purifica-me com o hissope e ficarei puro,
lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
Faz-me ouvir palavras de gozo e alegria
e exultem estes ossos que trituraste.
Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas.


Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!
Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos
e os pecadores hão-de voltar para ti.
Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue,
e a minha língua anunciará a tua justiça.


Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.
Não te comprazes nos sacrifícios
nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito;
ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.


Pela tua bondade, trata bem a Sião;
reconstrói os muros de Jerusalém.
Então aceitarás com agrado os sacrifícios devidos,
os holocaustos e as ofertas;
então serão oferecidos novilhos no teu altar

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

É tempo de vida nova

031110“Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia!” (Sl 17,50; 21,23)

O encontro com Jesus Cristo é decisivo. Somente Ele tem a chave da vida. Só n’Ele o homem encontra a revelação do Amor que tanto busca: ”Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigênito” (João 3,16.18).

Deus está intervindo no mundo e o Cristo Ressuscitado, Misericordioso, sofre as demoras na espera da conversão de cada pessoa em particular.

Será que já chegou a nossa vez? Como estamos em nossa abertura para a luz de Cristo? Nossas ações têm testemunhado a obra de Deus em nós?

É tempo de vida nova! É tempo de não ter medo de abraçar o bem. É hora de se aproximar da luz de Cristo e abandonar de vez as obras das trevas. Este é o dia que o Senhor fez para nós. Temos graças suficientes para vencermos o mal.

Oremos uns pelos outros! Amando-nos e respeitando-nos como irmãos!

Jesus, eu confio em Vós

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bem-Aventuranças

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino
dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão
saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de
Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição, por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus

REALIDADE CRISTÃ

Sou católico sim! Mas as vezes me pego questionando sobre "o que é ser verdadeiramente católico". Fico observando as pessoas católicas dentro dos movimentos, serviços e pastorais realizando os seus trabalhos - diga-se de passagem com bastante vigor e responsabilidade - muitas vezes com o objetivo simples e concetrado na missão de servir a Deus. Fazer crescer uma igreja solidificada na fé com base nos ensinamentos da Sagrada Escritura sem nada pedir em troca a não ser, "o perdão do Pai". Mas as coisas não são assim tão simples. Nem sempre a nossa condição de ser católico é aceita dentro daquilo que considero uma falsa fé. Católicos que se consideram acima do bem e do mal e, que criam sobre si mesmos falsos ideais cristãos. Católicos que servem a um Deus próprio: Seu ego. Não consigo partilhar de pensamentos e ideais que se submetem a falsas moralidades concentradas em ideias próprias com fins cristãos onde o ser humano se identifica mais com o materialismo absoluto do "ter" do que com o materialismo simplicista do "doar". Aprendi que fé não se vende nem se troca por favores cadenciados no absolutismo capitalista. Aprendi que a igreja não impõe aos seus fiéis seguidores ordens e tão pouco, delimita territórios. A igreja interage no seu contexto espiritual com aqueles que buscam na fé seu crescimento como pessoa dentro de uma sociedade preconceituosa, profana e de certa forma, utópica - isso por criar no ser humanao o hábito de sonhar com coisas impossíveis. Aprendi que a fé conspira com o bem- estar e com a felicidade daquele que crê na Misericórdia Divina. Não vejo cores, raças e tão pouco grau de escolaridade ou classe social sendo dividida por Jesus em sua caminhada evangelizadora. O que vejo é o filho de Deus buscando nos lugares mais excluídos pela humanidade superior, pessoas pobres de espírito. Pessoas com poucas posses que por hipocrisia humana foram sendo deixadas pelo caminho e Jesus as recolheu. É essa a igreja na qual eu creio. É essa a igreja que me seduz e me induz a não desistir da minha fé. A não deixar de ser um católico convicto e cheio de esperança. Só não posso fechar meus olhos e deixar de ver que infelizmente, a minha fé, não se associa a fé de outros tantos cristãos católicos. Não uso máscara para me esconder dos meus erros, das minhas falhas e dos meus pecados. Sou o que sou e quem sou. Meu maior pecado é amar a Deus sobre todas as coisas e querer serví-lo dispondo-lhe do meu tempo, do meu pouco saber e do meu pouco fazer como católico. Meu maior desejo: acreditar que um dia as pessoas vão deixar a prepotência de lado e vão perceber que para servir, não é necessário ter grife nem rótulos. Acredito de verdade numa igreja "una", onde o que prevalece é a verdadeira fé em Deus e, onde deuses do egoísmo e da verdade absoluta serão absorvidos pelo amor puro e verdadeiro de Deus Pai e Onipotente.