Os
casais devem se amar como Cristo ama Sua Igreja
A diferença é brutal. Pelos anos 70,
qualquer paróquia de médio porte alcançava um patamar de 500 casamentos por ano. Hoje, a média se concentra ao redor
de uma centena anual, no máximo. Durante décadas, nós criticamos o luxo e a
ostentação nas celebrações matrimoniais (todas querendo imitar a riqueza da
família real inglesa).
O motivo dessas observações era que tais
exageros envergonhavam os pobres que, por essa razão, preferiam não casar na
Igreja. Analisando as eventuais razões que levaram a essa amnésia da graça
sacramental de Cristo, poderíamos facilmente detectar as seguintes: laicização
da vida religiosa. Trata-se de um problema de fé. Um dos noivos, ou os dois,
não descobrem sentido no ato religioso.
Assim se ouve um vago propósito de
“casarem-se mais tarde”. Mas, de momento, quando muito, casam-se só no
civil. Outro motivo é o de deixar uma porta aberta para um
eventual novo casamento. Como o casamento religioso tem uma força moral enorme
para selar uma “aliança eterna”, então, para descomplicar uma eventual nova
experiência, evita-se a celebração religiosa que poderia exigir grandes
manobras burocráticas. “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
A nossa juventude católica, que não se
une pelo sacramento do matrimônio, precisa crescer na fé. Deve saber
que a cerimônia religiosa pode ser um momento de grande graça de fidelidade e
de amor que o Cristo quer conceder aos noivos. Não casar pode ser sinal de
perder uma grande bênção do Pai Criador. E por outra, não querer se vincular
pelos laços sagrados do matrimônio, pode significar que a confiança recíproca
ainda não atingiu a maturidade. Devem prolongar o tempo de conhecimento
recíproco, e só depois “ajuntar os trapos”.
Mas devem se casar na igreja para
terem aquela bênção especial, que os faça acreditar na sua sublime missão de
participar da obra da criação. Para o mundo inteiro, aqueles que “casam no
Senhor” são praticantes do amor que Cristo tem pela Sua Igreja. E tem uma
garantia de Cristo: “O Senhor é fiel, Ele haverá de vos dar forças e vos
preservar do mal” (2Tes 3,3).
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Fonte: canção nova
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