Enquanto tens vida e saúde, louva o Senhor

Deus nos criou para vivermos em família. Jesus, ao vir ao mundo, não precisava necessariamente viver em uma família, mas Ele assim o quis, para deixar-nos o seu exemplo. É na família que a vida é gerada, cuidada, amada e engrandecida. É no seio da família que o ser humano é construído. Foi no seio da família de Nazaré que o Menino Jesus foi preparado para a grande missão de Salvador dos homens. Portanto, a família é a grande escola da vida, é o educandário do amor, da fé, da justiça, da paz e da santidade.
É porque a família é hoje tão ofendida pelas pragas da imoralidade, que a sociedade paga um alto preço social: jovens deliquentes, crianças abandonadas, pais separados, homens e mulheres frustrados, tanta violência, tanto crime, tanta morte…
O Catecismo diz que a família “A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente a liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (§ 2207). “É no seio da família que os pais são para os filhos, pela palavra e pelo exemplo… os primeiros mestres da fé”, ensina a Igreja (LG, 11). “O lar é assim a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano. É ai que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida” (§ 1657).
Para os pais, a vida conjugal é uma oportunidade riquíssima de santificação, na medida em que, a todo instante, precisam lutar contra o próprio egoísmo, soberba, orgulho, desejo de dominação, etc., para se tornar, com o outro, aquilo que é o sentido do matrimônio: “uma só carne”, uma só vida, sem divisões, mentiras, fingimentos, tapeações, birras, azedumes, mau-humor, reclamações, lamúrias, etc.
A luta diária e constante para ser “exemplo para os filhos”, para manter a fidelidade ao outro, para “vencer-se a si mesmo”, a fim de se construir um lar maduro e santo, faz com que caminhemos para a na nossa santificação. As cruzes do lar, o desemprego, as doenças, as dúvidas, os vícios do cônjuge, a dificuldade com os parentes, a preocupação com os problemas dos filhos, etc., tudo isso, torna-se no casamento como que o “fogo” que queima as ervas daninhas de nossa alma e nos encaminha para a perfeição cristã.
Por outro lado, a enorme tarefa que Deus confia aos pais, na geração e na educação dos filhos, o exercício dessa missão sagrada coopera para a santificação deles. O Catecismo diz que:
“O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase impossível substituí-los”. “O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais” (§ 2221; FC 36).
Para cumprir com responsabilidade essa sagrada missão, os pais devem criar um lar tranquilo para os filhos, onde se cultive a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado. Aí deve ser cultivado a abnegação, o reto juízo, o domínio de si, para que haja verdadeira liberdade.
Prof. Felipe Aquino
Moisés um dia pediu a Deus: ”Mostra-me tua glória. Deus respondeu: ‘Farei passar diante de ti toda a minha bondade”’ (Ex 33,18). Foi assim que Deus Pai se revelou a nós: toda a glória e o esplendor do Senhor se resumem em bondade infinita. A riqueza do Criador é a Divina Misericórdia d’Ele para com todas as criaturas. Todo o bem está em Deus e somente n’Ele alguém pode ser bom.
É por isso que embora o mal pareça vencer no mundo, ele nunca prevalecerá, porque a bondade do Senhor dura para sempre. A maldade e a malícia humana parecem predominar, mas acima delas estão a bondade e o poder de Deus. Jamais o mal vencerá, porque o Senhor é bom e sabe transformar o que é mal em bem. Em Jesus Cristo, Deus tira o bem até do mal, porque Deus-amor se entregou à morte de cruz por amor, por pura bondade. Que alívio para nós! Que consolo! Que força!
“Senhor, a vossa bondade chega até os céus, vossa fidelidade se eleva até as nuvens. Vossa justiça é semelhante às montanhas de Deus, vossos juízos como as montanhas do mar… Como é preciosa a vossa bondade, ó Deus; a sombra de vossas asas se refugiam os filhos dos homens…Porque em vós está a fonte da vida, e é em vossa luz que vemos a luz” (Salmo 36).
Vamos manifestar nossa gratidão, hoje, pela bondade do nosso Deus, dizendo muitas vezes: “Como Deus é bom! Deus é bom para mim! Porque Deus em mim é bondade, serei bondade em tudo que eu fizer”.
Jesus, eu confio em Vós!
Há quem se cale e é considerado sábio, e quem se torne odioso pela intemperança no falar” (Eclo 20,5).
Uma palavra certa, na hora certa, é um bálsamo para o coração, mas uma palavra não certa, pode causar grande estrago. Somente o Espírito Santo de Deus pode nos dar o equilíbrio no falar e no silenciar.
Vamos hoje ficar atentos às nossas inclinações, porque geralmente falamos muito e, às vezes, até o que não devemos. Tomemos por modelo hoje para a nossa vida a Virgem Maria, que era pronta em escutar, e ao fazê-lo bem sabia dar as respostas precisas e essenciais.
Oremos hoje assim: Espírito Santo, ensina-nos a hora certa de falar e a de silenciar. Dá-me ouvido de discípulo.
Jesus, eu confio em Vós