Era uma casinha pequena
Lá no alto do serra
Uma casinha de barro
De gente humilde e serena
De gente sem estudo
Rude no seu jeito de ser
Tão pouco sabiam falar
Essa fala dos letrados
A fala do estudados
De quem aprendeu o bêaba
Gente bronca analfabeta
Que nunca foi a escola
Que nunca andou de carro
Também não pede esmola
É uma casa de barro
Na serra, no meio do mato
Nada lá dentro tem
Não tem sofá nem cadeira
O assento é tamborete
Geladeira pote de barro
Dinheiro?
Nenhum vintém
Era uma casa pequena
Lá em cima
No sopé
Fincada naquela serra
Que natureza ajudou
Jamais lhe faltou comida
Caça, fruta e muito amor
Uma cama de palha
Onde dormiam seis
Pai, mãe e quatro filhos
Todos se querendo bem
E lá no meio da sala
Coisa mais bela da casa
A estátua de uma santinha
Onde a família orava
De um jeitinho bem brejeiro
Invocando o ano inteiro
Para que na terra brotasse
Para aqueles que nada tem
Paz, fartura e dinheiro
Uma casinha de barro
Por Deus abençoada
Pela santa iluminada
Onde só resta a lembrança
Um dia veio o homem
Imaginando-se um Deus
Destruiu toda a vida
Daqueles filhos teus
Vendo naquela pobreza
Tanta fartura e beleza
Tirou-lhes toda a paz
Roubando a inocência
Da menina que o pai alenta
A paz ele destruiu
O pai triste chorando
Caiu num tremendo pranto
Atormentado pela dor
Em fogo transformou
Seu sonho de viver em amor
A casinha fogo pegou
Deixando apenas lembranças
Morrendo também as crianças
Ficando de recordação
A santinha no meio da sala
De uma casinha de barro
Queimando lá na serra
Doendo no coração
Pois o homem ambicioso
Roubou um bem precioso
Que o homem rude tinha
O amor de uma filha
Pura como a santinha
Fincada no centro da sala
No centro daquela casinha
Lá no alto do serra
Uma casinha de barro
De gente humilde e serena
De gente sem estudo
Rude no seu jeito de ser
Tão pouco sabiam falar
Essa fala dos letrados
A fala do estudados
De quem aprendeu o bêaba
Gente bronca analfabeta
Que nunca foi a escola
Que nunca andou de carro
Também não pede esmola
É uma casa de barro
Na serra, no meio do mato
Nada lá dentro tem
Não tem sofá nem cadeira
O assento é tamborete
Geladeira pote de barro
Dinheiro?
Nenhum vintém
Era uma casa pequena
Lá em cima
No sopé
Fincada naquela serra
Que natureza ajudou
Jamais lhe faltou comida
Caça, fruta e muito amor
Uma cama de palha
Onde dormiam seis
Pai, mãe e quatro filhos
Todos se querendo bem
E lá no meio da sala
Coisa mais bela da casa
A estátua de uma santinha
Onde a família orava
De um jeitinho bem brejeiro
Invocando o ano inteiro
Para que na terra brotasse
Para aqueles que nada tem
Paz, fartura e dinheiro
Uma casinha de barro
Por Deus abençoada
Pela santa iluminada
Onde só resta a lembrança
Um dia veio o homem
Imaginando-se um Deus
Destruiu toda a vida
Daqueles filhos teus
Vendo naquela pobreza
Tanta fartura e beleza
Tirou-lhes toda a paz
Roubando a inocência
Da menina que o pai alenta
A paz ele destruiu
O pai triste chorando
Caiu num tremendo pranto
Atormentado pela dor
Em fogo transformou
Seu sonho de viver em amor
A casinha fogo pegou
Deixando apenas lembranças
Morrendo também as crianças
Ficando de recordação
A santinha no meio da sala
De uma casinha de barro
Queimando lá na serra
Doendo no coração
Pois o homem ambicioso
Roubou um bem precioso
Que o homem rude tinha
O amor de uma filha
Pura como a santinha
Fincada no centro da sala
No centro daquela casinha
JOELSON E SIULENE
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