Santa Vitória

Santa Vitória

segunda-feira, 28 de junho de 2010

UM SOPRO SUAVE, UM MILAGRE


Minhas mãos tremiam e não conseguia abrir o envelope amarelo. Ajoelhei-me aos pés da Santa e lhe entreguei naquele momento toda a minha vida, toda a minha felicidade. Não lhe pedi mais nada. Sabia que agora, dependia apenas de um milagre. Meu esposo olhava-me com os olhos cheios de lágrimas e, ajoelhado ao meu lado, segurava-me as mãos trêmulas. Olhei para cima e vi a imagem linda e serena de uma "santinha" que parecia olhar-me a sorrir. Chorei ainda mais.
Fechei os olhos e agradeci por todo aquele tempo de espera, de oração. Quantas vezes pedi por um milagre e só importei-me comigo. Quantas vezes culpei Deus por não poder engravidar. Quantas vezes chorei e acusei o Senhor maldizendo o Seu Santo Nome por uma culpa que não era Sua. Me pegava olhando aquelas lindas menininhas com seus quinze, dezesseis anos com um barrigão enorme. Muitas vezes, grávidas por acaso ou por descuido e, eu, tentando, tentando e nada! O que o Senhor tinha contra a minha pessoa? Só queria ser mãe.
Um dia, estava eu na clínica fazendo alguns exames para poder iniciar o tratamento. Queria engravidar: eu e meu esposo queríamos muito essa gravidez. Faríamos o possível e o impossível para que isso acontecesse. Se não fosse naturalmente, seria de acordo com as leis da "ciência". Estava lá, sentada numa cadeira de encosto para tirar sangue quando senti no rosto um sopro. Era um vento frio e suave. O mais incrível, é que não ouvia nenhum barulho de enfermeiros passando pra lá, ou, pra cá. Olhei para o lado e vi a mais bela das mulheres. Era uma beleza que parecia irreal. Uma mulher jovem, de olhos claros, pele rosada e um suave sorriso nos lábios que pareciam subir-lhe até os olhos. Ela sentou-se ao meu lado, pegou minhas mãos, afagou o meu rosto e tocou suavemente por três vezes, o meu ventre. Pediu-me para levantar-me daquela cadeira de encosto, pois, não precisava daquilo. Sem nada dizer, comecei a levantar-me. Acompanhei a jovem. Depois o meu esposo falou-me que os enfermeiros tentaram me parar pelo caminho, mas, eu não os ouvia. Quando dei por mim, estava em casa com o meu esposo a olhar-me assustado. Não como quem tem medo! Como alguém que finalmente compreendeu o verdadeiro milagre da vida. Ele dizia-me: "Acredito em você. Amanhã mesmo iremos até a clínica e faremos o exame". Apenas sorri. Percebi o milagre na minha vida. Imagine: tantas e tantas vezes desacreditei de Deus, e, Ele, me mandou uma Santa para que a ressurreição se fizesse "viva" e "presente" em minha vida. No outro dia, fomos juntos a uma outra clínica para fazermos alguns exames. Não quis ver o resultado. Aliás, nem eu nem meu esposo. Queríamos vir até aqui hoje, minha Santa Vitória, dividir contigo nossa maior alegria, ou nossa maior tristeza. Dai-me forças para conseguir abrir esse envelope e, que nele, tenha escrito o "milagre" que renovara as nossas vidas. Faz ressurgir a esperança e a alegria que senti ao ser tocada por ti. Que tu sejas "a minha vitória". Ao abrir o envelope, é constatado ali, aos pés de Santa Vitória, no Santuário do Monte do Galo, em Carnaúba dos Dantas - RN, mas um milagre. Aquela jovem estava grávida e, grávida de doze semanas, ou seja, três meses. O total de vezes que a jovem tocou em seu ventre. Santa Vitória: Rogai por nós.

Por Joelson e Siulene

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