Santa Vitória

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

REALIDADE CRISTÃ

Sou católico sim! Mas as vezes me pego questionando sobre "o que é ser verdadeiramente católico". Fico observando as pessoas católicas dentro dos movimentos, serviços e pastorais realizando os seus trabalhos - diga-se de passagem com bastante vigor e responsabilidade - muitas vezes com o objetivo simples e concetrado na missão de servir a Deus. Fazer crescer uma igreja solidificada na fé com base nos ensinamentos da Sagrada Escritura sem nada pedir em troca a não ser, "o perdão do Pai". Mas as coisas não são assim tão simples. Nem sempre a nossa condição de ser católico é aceita dentro daquilo que considero uma falsa fé. Católicos que se consideram acima do bem e do mal e, que criam sobre si mesmos falsos ideais cristãos. Católicos que servem a um Deus próprio: Seu ego. Não consigo partilhar de pensamentos e ideais que se submetem a falsas moralidades concentradas em ideias próprias com fins cristãos onde o ser humano se identifica mais com o materialismo absoluto do "ter" do que com o materialismo simplicista do "doar". Aprendi que fé não se vende nem se troca por favores cadenciados no absolutismo capitalista. Aprendi que a igreja não impõe aos seus fiéis seguidores ordens e tão pouco, delimita territórios. A igreja interage no seu contexto espiritual com aqueles que buscam na fé seu crescimento como pessoa dentro de uma sociedade preconceituosa, profana e de certa forma, utópica - isso por criar no ser humanao o hábito de sonhar com coisas impossíveis. Aprendi que a fé conspira com o bem- estar e com a felicidade daquele que crê na Misericórdia Divina. Não vejo cores, raças e tão pouco grau de escolaridade ou classe social sendo dividida por Jesus em sua caminhada evangelizadora. O que vejo é o filho de Deus buscando nos lugares mais excluídos pela humanidade superior, pessoas pobres de espírito. Pessoas com poucas posses que por hipocrisia humana foram sendo deixadas pelo caminho e Jesus as recolheu. É essa a igreja na qual eu creio. É essa a igreja que me seduz e me induz a não desistir da minha fé. A não deixar de ser um católico convicto e cheio de esperança. Só não posso fechar meus olhos e deixar de ver que infelizmente, a minha fé, não se associa a fé de outros tantos cristãos católicos. Não uso máscara para me esconder dos meus erros, das minhas falhas e dos meus pecados. Sou o que sou e quem sou. Meu maior pecado é amar a Deus sobre todas as coisas e querer serví-lo dispondo-lhe do meu tempo, do meu pouco saber e do meu pouco fazer como católico. Meu maior desejo: acreditar que um dia as pessoas vão deixar a prepotência de lado e vão perceber que para servir, não é necessário ter grife nem rótulos. Acredito de verdade numa igreja "una", onde o que prevalece é a verdadeira fé em Deus e, onde deuses do egoísmo e da verdade absoluta serão absorvidos pelo amor puro e verdadeiro de Deus Pai e Onipotente.

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