Santa Vitória

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

O MAESTRO

Eu era músico lá no céu e vim para ensinar a música da paz aqui na terra.
O mundo ouviu minha primeira melodia na noite em que nasci: foi a canção da Boa Nova.

Durante a minha infância já sonhava com uma orquestra, pois tocava para sábios e doutores e eles ficavam admirados com o meu talento.
Fui crescendo até que formei a minha orquestra com doze músicos que antes eram pescadores, cobradores de impostos, carpinteiros, e eles aprenderam a tocar comigo, pois minhas canções são reveladas aos pequenos.

Com o tempo muitos começaram a me seguir e acompanhavam minhas regências. Com meus arranjos, multipliquei pães e peixes, acalmei tempestades, perdoei a mulher adúltera, ressuscitei Lázaro, realizei grandes milagres. Mas havia aqueles que censuravam minhas canções e eu já sabia do cálice que iria beber. Fui traído, preso, condenado, açoitado e pregado numa cruz de pé e com os braços abertos. Exatamente como fica um maestro diante de sua orquestra.

Após meu último suspiro vieram as trevas, ventos, relâmpagos e trovões. Muitos presenciaram o concerto do Calvário. Sepultaram-me e pensaram que era o fim, que não ouviriam mais meus concertos.
Mas eu sou a vida e a vida jamais pode morrer.
Eu sou o Pastor, o Mestre, o Maestro da Plenitude.

Foi assim que compus na manhã pascal a principal melodia do meu repertório: a canção da vida nova.

Eu sou o maestro.
vocês são os meus músicos.
Por isso, toquem, componham, apresentem suas canções. Eu lhes darei inspirações tão belas que vocês jamais desafinarão. E no dia em que meu Reino for concretizado, eu quero vê-los na orquestra sob minha regência, apresentando com toda sensibilidade o Concerto do Mundo Novo

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