"Receba as críticas, mesmo que injustamente, como quem recebe um bouquet de flores. Todo espinho sempre vem acompanhando de algum tipo de beleza" (Regras Beatitudes).
Existem dois tipos de armas piores e mais letais que armas de fogo: pensamento e língua.
Mas também existe um escudo para tudo isso. Este "escudo" é a forma com que você recebe críticas. Não as construtivas mas, aquelas críticas que fazem sobre você desconhecendo tudo aquilo que você faz.
É o pai que critica o filho porque foi mal na prova. Mas não viu o esforço do filho em estudar. É o marido que critica a mulher porque o arroz queimou. Mas ele não viu o quanto ela passou mal naquela manhã. Enfim: a língua é terrível.
Já o pensamento procura fundar suas observações sobre o temperamento. Há pessoas (os fleumáticos, de forma mais exacerbada), que enxergam problemas em tudo. Outras (os coléricos, por exemplo) que recebem observam mudanças com muita ira e braveza.
Em ambos os casos, a forma com que enxergamos o mundo pode afetar a qualidade de nosso discernimento. E, no caso de um pastoreio, tudo pode ir "por água abaixo".
Em uma de suas cartas, Paulo oriente a Igreja a "cativar o pensamento". E o Salmo nos indica a "por um freio na língua".
Lidar com pessoas pessimista não é fácil. Pessoas que enxergam "pêlo em ovo" também são pessoas complexas. Mas como fazer então? Como escapar das ciladas da língua e do pensamento?
Já participou de uma reunião de catequese, de movimento familiar, núcleo de grupo de oração em que, ao invés das pessoas chegarem contentes, festivas e felizes por estarem juntas, entram sérias e saem tensas? São reuniões densas, sem sabor, ruins e fadadas ao esgotamento.
É ainda uma triste realidade em nossas paróquias e comunidades. Em muitos grupos de oração, encontros de movimentos e novas comunidades. É uma herança do passado onde tudo era solucionado pelo "grito"e pela "correção ofensiva".
Não é fácil mas, é possível mudarmos este quadro tão estúpido e arcaico de reuniões. Os do mundo descobriram isso mais rapidamente que nós cristãos. Nós ainda estamos atrasados com relação à liderar pessoas. Mas, isso pode mudar. Basta mudarmos nossa mentalidade, nosso "jeito de ser". Parar de mandar "recados" durante as orações de cura ou das pregações. Ser sincero com o outro não indica falta de educação.Afinal, somos ou não irmãos?
Eu acho que estou falando de mim. Acho que tudo isso serve como carapuça em minha cabeça. Eu sou como um rolo compressor que gosta de "atirar para todos os lados" sem ao menos saber um pouco mais do meu irmão.
Pensamento e língua são ciladas terríveis. Quem se serve destes dois inimigos do cristianismo corre riscos de se tornar algoz do próximo.
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