Santa Vitória

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O JUÍZ

Há gente que acha que servir a Deus é estar a frente de tudo e de todas as coisas. É mandar no espaço que foi criado um dia para ser de tudo e de todos. É ditar regras e expor soluções prontas para ações que não foram criadas por Deus para serem impostas, mas sim, para serem seguidas.
Há gente que acha que Igreja é lugar de super-ego. Acaba esquecendo que para ser servo ou missionário é preciso lembrar de jamais pronunciar a primeira pessoa no singular ou no plural. Na gramática do ser católico, apostólico e romano sempre e, em todos os tempos, conjugamos somente "ELE". Só Ele importa. Não necessitamos de um palco para aparecermos e tão pouco de pessoas nos ovacionando, nos aplaudindo. Dizendo que somos os maiores ou os melhores... Pedindo "bis". Na nossa constelação, a estrela que mais brilha é Deus.
Há gente que julga.
Há gente que se precipita e faz julgamentos precipitados muitas vezes, por ser mais fácil encontrar um culpado para uma culpa, um erro, uma falha que também foi seu.
Há gente que aponta o dedo na cara das pessoas e continua os acusando pelo simples fato das outras pessoas não compartilharem dos seus ideais, suas metas e ações diante dos preceitos cristãos.
Há gente que entende "Igreja Doméstica" como a sua própria Igreja. Aquela onde o "EU" egoísta e individualista escolhe as ovelhas que Nela pode entrar. Aquela que escolhe suas ovelhas apenas pela boa lã ou, pela carne boa. Deixa de lado o rebanho perdido. Aquela que tem fome, tem sede. Aquela que se afastou do rebanho e não consegue encontrar o caminho de volta. Aquela que perdeu a lã por causa das mazelas da vida e, a carne... Essa! A fome e a miséria humana, o materialismo e capitalismo a consumiram.
Há gente que lê a Bíblia Sagrada como se lesse a bula de um remédio. Parece que só pelo fato de lê-la, será curado.
Há gente que se acha digno e humano atirando as pedras, quando deveriam, assim como Jesus o fez, perdoar.
Não é certo julgar aos outros sem procurar, antes do julgamento, saber os motivos, as causas, as circunstâncias. É fácil acusar. Perdoar! É quase impossível.
Há gente que esquece que somos julgados durante todos os momentos de nossa vida por nossas ações, por nossas palavras... Por nossos métodos... Por nossa humildade, simplicidade... Pela forma como tratamos os nossos irmãos excluindo-os ou não do nosso meio.
Há gente que esquece que apenas um juíz pode nos julgar, acusar e dar a sentença final diante os pecados da humanidade (espirituais): Deus!

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